Lucas era apenas um desses adolescentes da nova geração dos videogames, que gostava de ficar em casa jogando. Até que, aos 14 anos, esse jogo mudou. Convidado por um amigo, foi até a Lagoa Rodrigo de Freitas vê-lo treinar remo pelo Botafogo. Como um passe de mágica, ele mesmo entrou numa das embarcações, apaixonou-se pelo esporte e nunca mais saiu dele. A partir daquele momento, sua rotina mudaria drasticamente, para surpresa da sua mãe, Luciana, que passou a ver o filho acordar de madrugada para ir treinar todos os dias. As recompensas não demorariam a surgir, uma atrás da outra: medalha de bronze no Mundial Júnior, em 2016; novo bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2019; o heptacampeonato sul-americano; seguidos títulos nos Estaduais (40) e Brasileiros (54), culminando na conquista da vaga olímpica, como único representante brasileiro nos Jogos de Tóquio-2020, aos 23 anos. Não fosse o suficiente, garantiu a vaga nas semifinais e a melhor classificação de um atleta do país na modalidade, com o 12º lugar no single skiff. Em 2024, garantiu novamente uma vaga para representar o país nos Jogos de Paris.